quarta-feira, 13 de outubro de 2010

síntese






A coesão como propriedade textual: bases para o ensino do texto

                        (Irandé Antunes, Calidoscópio 62-71, jan/abr 2009)

       Com um estudo abrangente da linguística é possível uma maior interação com o texto e sua devida construção para que atenda as suas características (modo de “repasse” da informação, interpretação, contextualidade, intertextualidade etc.) as mesma se dão a partir de um desse estudo e a pratica de suas teorias durante a construção.







       
A textualidade, ou seja, ato ou ação da pratica textual se da no momento em que uma construção escrita ou produzida verbalmente é concluída, contudo quando recebida o receptor tem de extrair alguma informação da mesma. Essa é uma das teorias de definição de “texto” mais aceitas.  







       
A coesão é de sua importância para uma construção textual. O mesmo serve como regulador das partículas usadas no texto, se fazendo necessário desde a formação sistemática da pontuação e itens conectivos para uma melhor sequencia e distribuição do sentido, ou seja,a linearidade das ideias,e visando também o texto como um todo. Todo esse procedimento se faz de suma necessidade pra uma construção de um sentido adequado ao texto para que assim o mesmo obtenha melhor desempenho na pratica de sua função. Em outras palavras, a coesão encaixa se na função de “1ª impressão”, ela que ira disponibilizar, com seus recursos, uma maior facilidade de interação; receptor x texto. Outra parte da coesão, mas com intersecção da mesma com a coerência são as chamadas “quatro meta-regras de coerência” das quais a mesma cita duas:
 “meta-regra de repetição”: na qual, em parte, foge das regularidades da coesão (linearidade das ideias), contudo muitas vezes o mesmo se faz necessário para que se evite distúrbios na compreensão do texto pois a linearidade necessita de certos limites para que o foco de “repasse da informação” não se altere e acabe ocasionando assim perca do sentido. Na verdade a chamada repetição das ideias nada mais é do que a simples retomada do sentido como recurso coesivo.    
“meta-regra de progressão”: normalmente segue logo após a primeira regra. Progresso de informatividade. Algo relativamente novo, com alguma relação com o item que obteve retomada anteriormente, recurso que mantém a linearidade fazendo com que o texto retomasse seu progresso.







       
Mesmo com todas essas regras é recursos para construir um texto relativamente bom, a autora concluiu que não é bem isso que acontece. O estudo desses fatores de normatização do texto vem sendo estudas há séculos com tudo só vem sendo aprofundado pela “massa” e para a “massa” recentemente, ainda há o fator da evolução, que torna a língua em constante mutação tornando-a de certa forma imprevisível quanto ao seu desenvolvimento. A normatização, o modo de uso e eventuais modificações necessitam de discussões e constante revisão.    

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

LINGUISTICA TEXTUAL

A lingüística textual trata-se mais do estudo do texto em si, ou seja, na sua essência como forma te interação, deixando em segundo plano os morfológicos.
Para a lingüística textual texto é:
“qualquer forma de interação com intuito de passar algo objetivo e sintático, seja ela, passada de forma verbal ou não verbal”
Essa é uma pequena definição de texto segundo a lingüística textual e, também uma das mais aceitas ate hoje.
  Estudo deu se por volta da década de 60 (sessenta), constituído de três fases com desenvolvimento inconstante em diversos aspectos que variavam de acordo com o local onde se deram.
1ª fase: tranfrástrica; o estudo das orações particulares ao texto foi superado, dando espaço ao estudo das orações integradas ao texto, necessitava de um conhecimento essencial para preencher espaços deixados por questões de ordem não lingüística, um conhecimento alem dos que eram fornecidos nas bases de estudo da lingüística estrutural.
2ª fase: gramáticas textuais; uma visão de texto tornou-se mais abrangente, ela evoluiu.  O estudo do texto fragmentado foi deixado para trás, dando lugar ao estudo do texto como “um todo” em seu sentido completo. Com isso foi proporcionado melhores estudos do texto.
Nessa fase reconhecimento do objeto “texto” já era possível e, portanto, sua análise também. Capacidades foram adquiridas:
*Formativa: concluir se um texto é de boa ou má qualidade.
*Transformativa: alterar, elaborar ou criar uma base textual solida.
*Qualificar: classificar e diferenciar os tipos existentes de texto.
Foi notável o desenvolvimento dessa fase, seus frutos foram bastante consideráveis, contudo, essas gramáticas se fizeram carentes de modificações, pois seu estudo tornou-se homogêneo, ou seja, padronizado quanto à criação de regras para um assunto tão amplo. Esse foi o limite da segunda fase.
3º fase: teoria do texto; o estudo da linguagem do texto em funcionamento pratico (pragmática). Nas fases anteriores o a informação transmitida, ou seja, o conteúdo transmitido se limitava ao próprio texto, contudo nessa fase o trabalho não se esgotaria na produção do texto. Esse seria apenas o começo do trabalho, pois a partir desse momento também foi levada em consideração a INTERTEXTUALIDADE, onde o texto se desenvolveria e continuaria em constante evolução, pois o contexto teria bastante influencia no sentido abrangendo cada vez mais os estudos.
Outra variação foi a influencia do leitor quanto ao processo de criação do texto. Com isso os diversos aspectos que dão sentido ao texto são melhor selecionados para que assim tenham  maior influência e atenção durante o estudo. Para isso foram necessários “confrontos” entre intencionalidade x aceitabilidade
Vejamos a seguir:
·        A escolha de um nível mediano de informação. Isso para que a informação não seja tamanha a ponto de não haver interpretação por parte do leitor ou mesmo obvia de mais a ponto do desinteresse por parte do receptor.
·        Adequar à linguagem e o assunto a massa: como anteriormente dito, se faz necessário a adequação ao publico.
·        Escolha da informação: Algo relativamente “interessante”. Fator chave que Influencia totalmente na aceitabilidade.

COESÃO: definição lógica; semântica, trata se da união de itens lexicais auxiliados pela fonética para que assim forme uma palavra.
COERÊNCIA: definição lógica; não há! Explicação: somente o leitor é capaz de identificar a coerência. Simplificando: conhecimento que o leitor tem acerca do assunto abordado, ou seja, construção de um sentido de acordo com a intertextualidade.
INTERTEXTUALIDADE: definição mais aceitável; intersecção entre textos, ou seja, comunicação entre os mesmos. A possibilidade de entender um texto com base no seu conhecimento de algum outro texto.
TEXTO: definição mais aceitável na atualidade; unidades de sentidos vale salientar que por mais mínimas que sejam, contanto que se consiga extrair alguma informação da mesma.